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sexta-feira, 1 de abril de 2016

Há mais obesos no mundo do que magros, diz estudo. E agora?

Pesquisa feita com 20 milhões de pessoas de 200 países aponta que há 640 milhões de obesos no mundo e que 1 em cada 5 indivíduos terá o problema em 2025. Especialistas dizem que ações globais são necessárias
Nos últimos 40 anos, houve um aumento surpreendente no número de obesos no mundo. De 105 milhões em 1975, para 641 milhões em 2014. Os dados são do maior estudo global já feito sobre o Índice de Massa Corporal (IMC), o principal parâmetro usado para medir a obesidade.
A cada década, segundo o estudo, a população mundial se tornou 1,5 kg mais pesada. Se a taxa de obesidade continuar nesse ritmo, em 2025, cerca de um quinto dos homens (18%) e mulheres (21%) em todo o mundo serão obesos e mais mais de 6% dos homens e 9% das mulheres serão severamente obesos.
“O número de pessoas no mundo cujo peso representa uma ameaça séria para a saúde nunca foi tão alto”, disse Majid Ezzati, professor da escola de saúde pública do Imperial College of London, na Inglaterra, e principal autor do trabalho.
Sabemos que exercício feito de maneira inadequada não emagrece, tanto que há casos como o dos EUA, que diminuíram o sedentarismo, mas a obesidade cresceu; e há também quem se exercite bem, mas não emagrece por causa da má alimentação. No entanto, fazer apenas dieta também tem seus problemas, pois nosso corpo aprendeu a baixar o metabolismo quando a comida se torna escassa, fazendo com que a perda de peso seja minimizada e até mesmo anulada no longo prazo.
Além das evidências científicas que cito nos meus cursos e livro de Emagrecimento, os relatos dos dois problemas são clássicos, como as pessoas que não emagrecem apesar de se matarem na academia e/ou passarem fome, sem contar o efeito sanfona! No final das contas, a única forma de se conseguir um emagrecimento SAUDÁVEL e SUSTENTÁVEL é aliar dieta e exercício! A saída é controlar a qualidade e quantidade de alimentos ingeridos e promover adaptações no metabolismo! 

Taxa de obesidade no mundo 
no Brasil

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Sono pode minar os resultados do seu treino e dieta.

"Muita gente se preocupa com treino, dieta, roupas fitness, coqueteleiras coloridas, mas acaba esquecendo de um fator importante: o sono! Apesar de pouco se falar nisso, a falta de uma boa noite de sono pode minar os resultados do seu treino e dieta.
Um estudo de Arlet Nedeltcheva avaliou a composição corporal de pessoas com sobrepeso durante de duas semanas de dieta com sono normal ou com pouca horas de sono. No primeiro caso, as pessoas dormiam em média 7 horas e 25 minutos, já segundo a média foi de 5 horas e 14 minutos (fala sério que eles acham isso é pouco!?! Que inveja!). Para evitar que houvesse aquela chateação da "individualidade biológica" (muita vezes usada indevidamente) as mesmas pessoas foram testadas nas duas situações.
De acordo com as avaliações, as duas situações promoveram a mesma perda de peso, no entanto, a restrição do sono reduziu a perda de gordura em 55% e aumentou a perda de massa magra em 60%! Além disso, a restrição de sono promoveu aumento do apetite (com maiores níveis de grelina), queda no metabolismo e diminuição oxidação de gordura em repouso. Isso tudo com a perda de pouco mais de duas horas de sono!
E essa autora tem uma revisão interessante, publicada em 2014, em que mostra a associação entre privação de sono e diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares!!
É... talvez esteja na hora de fazer as pazes com a cama! Procure ter quantidade e qualidade adequada de sono, para não colocar seus resultados e, principalmente, sua saúde em risco... bons treinos e bons sonhos!"
 por : (Paulo Gentil)
Nedeltcheva AV, Kilkus JM, Imperial J, Schoeller DA, Penev PD. Insufficient sleep undermines dietary efforts to reduce adiposity. Ann Intern Med. 2010 Oct 5;153(7):435-41.
Nedeltcheva AV, Scheer FA. Metabolic effects of sleep disruption, links to obesity and diabetes. Curr Opin Endocrinol Diabetes Obes. 2014 Aug;21(4):293-8.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

O Bacharelado vai acabar? É possível unificar as duas formações? Qual é o motivo da discussão? Tudo o que você precisa saber sobre a proposta do CNE

O Conselho Nacional de Educação (CNE) entende que no Brasil a formação superior em Educação Física deva ser, exclusiva e unicamente, no grau de Licenciatura. Ou seja, de formação de professor para o magistério na Educação Básica. A extinção do Bacharelado em Educação Física, significaria o retrocesso à década de 70 e 80.
A proposta foi elaborada e apresentada pelo Conselho Nacional de Educação, por meio de uma Comissão interna, criada especificamente para esta finalidade. Caberá ao Ministro da Educação decidir pela homologação, ou não, da proposta
Os maiores prejudicados serão os estudantes que acreditaram na seriedade das normas educacionais do país, as quais lhes facultaram optar pela Licenciatura e/ou pelo Bacharelado em Educação Física. Outros prejudicados, diretamente, serão os professores que lecionam nesses cursos, além das próprias Instituições de Ensino Superior que investiram recursos financeiros e humanos para estruturação dessescursos, os quais têm hoje uma demanda de ingressantes assegurada. A população também arcará com prejuízos, pois não haverá mais a obrigatoriedade de formação superior para a prestação de serviços na área do fitness (academias, clubes de ginástica e etc.), hospitais, clínicas, na saúde pública, treinamento esportivo, dentre outros.

Os “beneficiados” de uma medida como essa serão os que defendem que para atuar na área do fitness, da saúde, do esporte, ou para prestar serviços em exercícios físicos e esportivos, não há necessidade de obter conhecimento nem formação superior.

o a atual legislação é impossível unificar cursos de Licenciatura e cursos de Bacharelado, cujo foco é a área da promoção da saúde e prevenção de doenças. A proposta do CNE é clara e explícita: extinguir os cursos Bacharelado em Educação Física. Caso estaproposta se efetive, permanecerá apenas a formação em curso de Licenciatura em Educação Física, ou seja, todos os que cursarem Educação Física estarão aptos a ministrar aulas de Educação Física na Educação Básica.

Infelizmente, pessoas sem a responsabilidade exigida para tratar um assunto de tamanha importância, divulgam e informam, principalmente aos estudantes de graduação, que os egressos dos cursos de Licenciatura em Educação Física poderão atuar em todas as áreas da intervenção profissional, tanto na escola como fora do ambiente escolar. Como é de conhecimento de todos, a Licenciatura no Brasil é específica para formação de professores para o magistério da Educação Básica. Por conseguinte, é impossível estabelecer, determinar ou impor legalmente, que pessoas qualificadas para atuar como Professores da Educação Básica sejam os responsáveis por ministrar atividades físicas/fitness, exercícios físicos, esporte, em academias, clubes, centros de saúde, hospitais, entre outros.

 Por que é essencial que existam as duas formações: licenciatura e bacharelado?Cada formação requer conhecimentos específicos e diferenciados. Os objetivos, as matrizes curriculares e os perfis dos cursos e dos egressos são diferentes e essas diferenças procuram responder as necessidades das diversas áreas de intervenção profissional, de forma competente. O curso de licenciatura tem como escopo oferecer conhecimento e formar profissionais para atuar na disciplina curricular ministrada na Educação Básica, ou seja, na escola com crianças e jovens. Já o curso de bacharelado prepara profissionais para a intervenção nas áreas do fitness, da saúde e esportiva, com todas as faixas etárias (bebês, jovens, adultos, idosos, deficientes e etc.).

Como já foi dito, a proposta foi elaborada e divulgada pelo CNE e a decisão final é do Ministério da Educação. O CONFEF não tem ingerência nem atribuição legal para intervir na formação superior. As suas ações são sempre na compreensão de que um bom exercício profissional depende de uma boa formação superior. Dessa forma, as Instituições de Ensino Superior, docentes, estudantes, além das pessoas que entenderem o prejuízo do retrocesso que a proposta representa, poderão se manifestar junto ao CNE e ao MEC para que reflitam a respeito da impropriedade da proposta.

Aqueles que entenderem que a extinção do Bacharelado em Educação Física é um equívoco devem encaminhar suas manifestações e posicionamentos ao CNE e ao MEC. Também está circulando um abaixo-assinado contrário à proposta que todos os interessados podem assinar.



Abaixo assinado: http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR87158


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Avaliação física envolve muito mais do que medir e testar!


Se dentro do FITNESS a avaliação física é algo "descartável", é nosso dever enquanto profissionais repensar tudo que é feito e não dá resultado!
Existem diversos perfis de clientes dentro de qualquer estabelecimento comercial e não seria diferente na nossa querida academia de ginástica, por isso é importante ter uma comunicação efetiva que encaminhe/direcione/leve o cliente até a avaliação.
Devemos lembrar que para uma avaliação ser eficiente necessitamos de PESSOAS. Podemos até ter o melhor equipamento ou a técnica mais refinada, mas se não tivermos CLIENTES não conseguiremos pôr em prática tudo que sabemos e o pior, não teremos trabalho.
A comodidade da sala de avaliação já não sustenta o processo " AVALIAÇÃO FÍSICA" na atual formatação das academias.
Os avaliadores devem aparecer.
É necessário quebrar aquela imagem deturpada do profissional de educação física - AVALIADOR FÍSICO - no segmento FITNESS / WELLNESS - que anda todo o tempo de jaleco com um estetoscópio pendurado no pescoço, extraterrestre da academia, que vive enfurnado em uma sala.
Devemos repensar todo o processo e só assim elevar o nível da nossa entrega técnica. ( entrega técnica = prescrição de treinamento )
- Entender as aspirações do cliente,
- definir metas,
- escolher os melhores caminhos para conquistá-las,
- entender suas limitações,
- melhorar sua rotina de vida
- propor desafios
Existem alguns questionamentos que valem muito mais do que % de gordura.
Quando me falam que a avaliação é uma ação desnecessária, eu penso na regressão da atitude do profissional, penso na oportunidade perdida de mostrar o tão falado "diferencial técnico", penso que perdemos a sistematização do conhecimento e a implementação da cultura da qualidade, onde vale mais o que é melhor e não o que é mais fácil!