Uma estudante de direito de 21 anos teve uma lesão na medula e uma fratura de coluna ao cair de um aparelho enquanto fazia ginástica em uma academia de São José do Rio Preto. Ela passou por cirurgia no Hospital de Base, que não se pronunciou sobre possíveis sequelas do acidente.
O acidente ocorreu no início da tarde de sábado (9) na academia Brasil Fitness, mas foi registrado na Polícia Civil apenas na segunda-feira (11). Marcelle Mendes Mancuso, 21, fraturou a quinta vértebra quando fazia abdominal invertido. A jovem teria amarrado os pés no banco com uma fita de velcro e tentado fazer a manobra de ponta cabeça, mas a corda estourou e ela caiu de cabeça no chão.
Marcelle foi socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhada ao hospital. Ela chegou a permanecer algumas horas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas teve melhora e foi liberada para o quarto, segundo a assessoria de imprensa do Hospital de Base.
O hospital não informou se há risco de Marcelle ter sequelas ou perder os movimentos, mas, segundo Éder Fasanelli, um dos donos do espaço onde ocorreu o acidente, ela já recuperou parte dos movimentos. "Há ainda toda a recuperação, mas a informação que tivemos é que parte dos movimentos já foram recuperados", disse.
Outro lado
Ainda segundo Fasanelli, a aula que Marcelle fazia era experimental e que, por ser experiente e já ter treinado em outras academias, ela seguiu a própria série de exercícios e não as indicações dos profissionais da academia.
Ele admitiu, entretanto, que o equipamento que Marcelle utilizava não poderia ter sido utilizado com a fita de velcro com a qual ela prendeu os pés. "A fita que ela utilizou não é adequada para esse tipo de exercício. O ideal é que alguém segure os pés, mas, mesmo quem faz amarrando o pé não amarra com velcro", disse, ressaltando que a fita não era da academia. "Não sei se era dela ou se ela emprestou de algum aluno. Mas a corda é inadequada para o equipamento", disse.
Ainda segundo Fasanelli, a academia possui profissionais que supervisionam os exercícios, mas, exceto para os que optam por fazer a aula com acompanhamento de personal trainer, o trabalho não é individualizado. Fasanelli afirma que está dando todo apoio e assistência necessária está sendo prestada a família. Ele afirmou ainda que estuda proibir a realização de séries como a que Marcelle tentou realizar.