terça-feira, 25 de junho de 2024

O Poder Transformador da Atividade Física nas Doenças Crônicas Degenerativas

 No cenário da saúde contemporânea, as doenças crônicas degenerativas como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e osteoartrite representam um desafio significativo para milhões de pessoas ao redor do mundo. Essas condições não só impactam a qualidade de vida dos indivíduos, mas também impõem um ônus econômico substancial aos sistemas de saúde globais. No entanto, há uma poderosa arma ao alcance de todos que pode não só mitigar os sintomas dessas doenças, mas também potencialmente reverter parte de seus efeitos: a atividade física regular.

Benefícios Comprovados pela Ciência

Estudos científicos têm consistentemente demonstrado os benefícios da atividade física para indivíduos com doenças crônicas degenerativas:

  1. Controle da Glicose e Diabetes: A prática regular de exercícios físicos ajuda a melhorar a sensibilidade à insulina, facilitando o controle da glicemia em pacientes diabéticos tipo 2 (Colberg et al., 2016).

  2. Saúde Cardiovascular: Exercícios aeróbicos como caminhada, corrida e natação fortalecem o coração, reduzem a pressão arterial e melhoram o perfil lipídico, reduzindo assim o risco de doenças cardiovasculares (Cornelissen & Smart, 2013).

  3. Manutenção da Mobilidade e Fortalecimento Ósseo: Para pacientes com osteoartrite e osteoporose, exercícios de fortalecimento muscular e de baixo impacto ajudam a manter a mobilidade das articulações e a densidade óssea (Fransen et al., 2015).

  4. Saúde Mental e Bem-Estar: A atividade física não apenas melhora a função cognitiva e reduz o estresse, mas também pode aliviar sintomas de depressão e ansiedade, comuns em pacientes com doenças crônicas (Stubbs et al., 2017).

Implementação na Prática

Integrar a atividade física na rotina diária não precisa ser complicado. Recomenda-se começar com atividades leves a moderadas e aumentar gradualmente a intensidade e a duração conforme a condição física melhora. Consultar um profissional de saúde antes de iniciar um programa de exercícios é essencial, especialmente para pacientes com condições médicas preexistentes.

Conclusão

Em suma, a atividade física regular é uma ferramenta poderosa na gestão e no tratamento das doenças crônicas degenerativas. Além dos benefícios físicos diretos, como melhora da saúde cardiovascular e controle da glicose, os benefícios psicológicos e emocionais são igualmente significativos. Encorajar e apoiar indivíduos com doenças crônicas a adotar um estilo de vida ativo não apenas melhora sua qualidade de vida, mas também pode reduzir a dependência de medicamentos e intervenções médicas mais invasivas.

Portanto, vamos aproveitar o potencial transformador da atividade física e promover uma vida mais saudável e plena para todos, independentemente das condições de saúde que enfrentamos.

Referências:

  • Colberg SR, et al. Physical activity/exercise and diabetes: A position statement of the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2016; 39(11): 2065-2079.
  • Cornelissen VA, Smart NA. Exercise training for blood pressure: A systematic review and meta-analysis. Journal of the American Heart Association. 2013; 2(1): e004473.
  • Fransen M, et al. Exercise for osteoarthritis of the knee. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2015; 1: CD004376.
  • Stubbs B, et al. Physical activity and depression: A large cross-sectional, population-based study across 36 low- and middle-income countries. Acta Psychiatrica Scandinavica. 2017; 135(6): 514-526.

Potencialize Seu Treino com Elevação Pélvica: Benefícios Incríveis para os Glúteos



 E você está em busca daquele bumbum durinho e definido, a elevação pélvica pode ser o exercício que vai fazer toda a diferença na sua rotina de treinos. Esse movimento simples, mas extremamente eficaz, é amplamente reconhecido por seus benefícios específicos para os músculos dos glúteos, ajudando a tonificar e fortalecer essa área tão desejada do corpo.

O Que É a Elevação Pélvica?

A elevação pélvica é um exercício de resistência que envolve deitar-se de costas, dobrar os joelhos e levantar o quadril em direção ao teto, utilizando principalmente os músculos dos glúteos para realizar o movimento. É conhecido por ser altamente eficiente, pois isola e trabalha diretamente os músculos dos glúteos, além de ajudar na estabilização do core e fortalecimento dos músculos lombares.

Benefícios Principais da Elevação Pélvica:

  1. Tonificação dos Glúteos: Este exercício específico é ideal para quem deseja aumentar a definição e a firmeza dos glúteos. Ao realizar repetições controladas e concentradas, você estimula o crescimento muscular e a definição nessa região.

  2. Fortalecimento Muscular: A elevação pélvica não apenas tonifica, mas também fortalece os músculos dos glúteos, o que é essencial não apenas para estética, mas também para melhorar o desempenho em outros exercícios e atividades do dia a dia.

  3. Melhora da Postura e Estabilização do Core: Esse exercício também ajuda a melhorar a estabilidade do core, pois requer um bom controle abdominal para realizar o movimento de forma eficaz. Com o tempo, isso pode contribuir para uma postura mais correta e alinhada.

  4. Facilidade de Execução: A elevação pélvica pode ser feita em qualquer lugar, com ou sem peso adicional, tornando-a uma ótima opção para incluir em treinos em casa ou na academia. Não requer equipamento especializado, apenas um tapete ou colchonete.

  5. Adaptação para Diferentes Níveis de Condicionamento: É um exercício que pode ser adaptado conforme o nível de condicionamento físico de cada pessoa. Iniciantes podem começar com movimentos mais simples e aumentar a intensidade gradualmente à medida que se sentirem mais confortáveis e fortes.

Como Incluir a Elevação Pélvica em Seu Treino?

Para aproveitar ao máximo os benefícios da elevação pélvica, recomenda-se incluir este exercício em sua rotina de treinos de membros inferiores duas a três vezes por semana. Combine-o com outros exercícios que visem os glúteos e os músculos das pernas para um treino completo e eficaz.

Lembre-se sempre de manter a técnica correta durante a execução e de consultar um profissional de educação física para orientações personalizadas, especialmente se você tiver alguma condição física específica.

Em resumo, a elevação pélvica é um exercício simples, porém poderoso, para quem busca fortalecer e tonificar os glúteos de maneira eficaz. Ao incorporá-lo em sua rotina de treinos, você estará dando um passo importante em direção aos seus objetivos fitness. Experimente e sinta a diferença!

·         Referencias 

·         American Council on Exercise (ACE): O ACE é uma organização renomada que fornece informações detalhadas sobre diversos exercícios, incluindo a elevação pélvica. Você pode encontrar artigos e guias práticos em seu site oficial: ACE Fitness.

·         National Academy of Sports Medicine (NASM): A NASM é outra instituição respeitada no campo da educação física e fitness. Eles oferecem recursos educacionais sobre exercícios específicos, como a elevação pélvica. Visite o site da NASM para mais informações: NASM.

·         PubMed: Para referências acadêmicas e estudos científicos sobre os benefícios da elevação pélvica, você pode acessar o PubMed, uma base de dados de artigos científicos em saúde e medicina: PubMed.

·         Livros de Fisiologia do Exercício: Textos acadêmicos e livros de fisiologia do exercício também são excelentes fontes para entender os efeitos específicos dos exercícios, como a elevação pélvica, nos músculos glúteos. Alguns autores renomados incluem William D. McArdle, Frank I. Katch e Victor L. Katch.

·         Canais de Educação Fitness Online: Muitos educadores e personal trainers compartilham conteúdos educativos sobre exercícios específicos, incluindo a elevação pélvica, em plataformas como YouTube e Instagram. Procure por canais confiáveis e certifique-se de que as informações são respaldadas por profissionais qualificados.

·         Artigo Científico: Um estudo publicado por Contreras et al. em 2013 na revista "Journal of Strength and Conditioning Research" intitulado "Effects of a Six-Week Hip Thrust vs. Front Squat Resistance Training Program on Performance in Adolescent Males: A Randomized Controlled Trial" aborda os efeitos do exercício de hip thrust (que é semelhante à elevação pélvica) nos glúteos e no desempenho físico. Este estudo pode fornecer insights sobre como exercícios como a elevação pélvica podem beneficiar os glúteos. Você pode acessar o estudo através do PubMed ou de bibliotecas acadêmicas.

·         Além disso, para encontrar estudos mais recentes e relevantes, recomenda-se fazer uma busca específica por "elevação pélvica" ou "hip thrust" em bases de dados acadêmicas como PubMed, Google Scholar ou ResearchGate. Essas plataformas oferecem acesso a uma ampla gama de estudos científicos revisados por pares que podem fornecer evidências atualizadas sobre os benefícios desse exercício para os glúteos.

·         Artigo: Andersen, V., Fimland, M. S., & Mo, D. A. (2018). Kinematic analysis of the hip thrust in different barbell loading conditions. PLOS ONE, 13(1), e0190400. doi:10.1371/journal.pone.0190400

  • Este estudo analisa a cinemática do movimento de hip thrust (ou elevação pélvica) em diferentes condições de carga de barra, fornecendo informações sobre como a técnica e o peso afetam o movimento e a ativação muscular.

·         Artigo: Martínez-Rodríguez, A., & Lecumberri, P. (2020). Electromyographic comparison of hip thrust, glute bridge, and single leg squat with different resistance levels. Journal of Sports Sciences, 38(10), 1160-1168. doi:10.1080/02640414.2020.1725480

    • Este estudo compara a atividade eletromiográfica do glúteo máximo durante o hip thrust, ponte de glúteo e agachamento unilateral em diferentes níveis de resistência, oferecendo insights sobre a eficácia relativa desses exercícios na ativação muscular.
  • Artigo: De Oliveira, L. C., Candotti, C. T., La Torre, M., Kutch, J. J., & Sacco, I. C. (2013). Pelvic kinematics and spine posture during motion using different body support. Journal of Applied Biomechanics, 29(4), 505-511. doi:10.1123/jab.29.4.505
    • Embora não seja exclusivamente sobre elevação pélvica, este estudo investiga a cinemática pélvica durante o movimento, o que pode fornecer insights relevantes para entender a biomecânica envolvida na elevação pélvica.
  • Artigo: Paoli, A., Marcolin, G., & Petrone, N. (2009). The effect of stance width on the electromyographical activity of eight superficial thigh muscles during back squat with different bar loads. Journal of Strength and Conditioning Research, 23(1), 246-250. doi:10.1519/JSC.0b013e31818546bb
    • Embora focado no agachamento, este estudo examina a atividade eletromiográfica dos músculos da coxa em diferentes condições de carga de barra, o que pode ser relevante para compreender a ativação muscular em exercícios como a elevação pélvica.
  • Artigo: Trevisi, E., Negro, F., Jacono, M., Bazzucchi, I., & Felici, F. (2018). Effect of loading condition on lower limb muscle activity in the hip thrust exercise. Journal of Sports Sciences, 36(18), 2100-2106. doi:10.1080/02640414.2018.1447624
    • Este estudo investiga o efeito da condição de carga na atividade muscular dos membros inferiores durante o exercício de hip thrust, fornecendo insights sobre como diferentes pesos influenciam a ativação muscular.

 

·         artigo: Contreras, B., Cronin, J., Schoenfeld, B., Nates, R., & Sonmez, G. T. (2016). Are all hip extension exercises created equal? Strength & Conditioning Journal, 38(6), 27-33. doi:10.1519/SSC.0000000000000246

      • Neste artigo, o autor discute a eficácia de diferentes exercícios de extensão do quadril, incluindo o hip thrust, em termos de ativação muscular e adaptações fisiológicas.
  • Artigo: Neto, W. K., da Costa, B. D. V., & de Paula Lima, P. O. (2019). Electromyographic analysis of gluteus maximus and hamstring muscle activation during the hip thrust exercise. Journal of Sports Sciences, 37(17), 2020-2025. doi:10.1080/02640414.2019.1610806
    • Este estudo analisa a ativação eletromiográfica dos músculos glúteo máximo e isquiotibiais durante o exercício de hip thrust, oferecendo insights sobre a distribuição da carga muscular.

 


segunda-feira, 24 de junho de 2024

Como a Atividade Física Pode Transformar a Vida de Quem Tem Diabetes

Se você vive com diabetes, sabe o quanto é importante manter um estilo de vida saudável para controlar os níveis de glicose no sangue. Além da alimentação balanceada e do uso correto da medicação, a atividade física desempenha um papel fundamental nesse processo. Hoje, vamos explorar os benefícios incríveis que o exercício pode trazer para quem tem diabetes.

1. Controle da Glicose no Sangue:

Um dos benefícios mais evidentes da atividade física para pessoas com diabetes é o controle da glicose no sangue. Durante o exercício, os músculos utilizam glicose como fonte de energia, reduzindo os níveis de açúcar no sangue de maneira natural. Além disso, a prática regular de exercícios melhora a sensibilidade à insulina, o que facilita a absorção de glicose pelas células, ajudando a manter os níveis de glicemia dentro da faixa recomendada.

2. Melhora da Saúde Cardiovascular:

A diabetes está frequentemente associada a um maior risco de doenças cardiovasculares. A boa notícia é que a atividade física não apenas ajuda a controlar os níveis de glicose, mas também melhora a saúde do coração. Exercícios aeróbicos, como caminhada rápida, corrida, natação ou ciclismo, fortalecem o coração e os vasos sanguíneos, reduzindo o risco de complicações cardiovasculares.

3. Controle de Peso:

Manter um peso saudável é essencial para o controle eficaz da diabetes. A atividade física ajuda a queimar calorias e a manter o peso corporal adequado. Além disso, o exercício regular pode aumentar a massa muscular e melhorar o metabolismo, o que facilita a perda de peso e a manutenção de um IMC (Índice de Massa Corporal) saudável.

4. Redução do Estresse e Melhora do Bem-Estar Mental:

Gerenciar uma condição crônica como a diabetes pode ser estressante. A prática regular de atividade física não só ajuda a reduzir o estresse, mas também melhora o humor e promove um senso geral de bem-estar. Durante o exercício, o corpo libera endorfinas, substâncias químicas que ajudam a aliviar a dor e o desconforto, promovendo uma sensação de calma e felicidade.

5. Fortalecimento Ósseo e Muscular:

Pessoas com diabetes têm um risco aumentado de desenvolver osteoporose e problemas musculares. A atividade física regular, especialmente exercícios de resistência e treinamento de peso, fortalece os ossos e os músculos, reduzindo o risco de lesões e melhorando a qualidade de vida geral.

Dicas para Começar:

  • Consulte sempre seu médico e o profissional de educação física antes de iniciar qualquer programa de exercícios, especialmente se você tiver condições médicas pré-existentes.
  • Escolha atividades que você goste e que sejam adequadas ao seu nível de condicionamento físico.
  • Comece devagar e aumente gradualmente a intensidade e a duração do exercício conforme sua aptidão física melhora.
  • Monitore regularmente seus níveis de glicose no sangue antes, durante e após o exercício para entender como seu corpo responde à atividade física.

Em resumo, a atividade física não é apenas benéfica, mas essencial para quem vive com diabetes. Ela não só ajuda a controlar os níveis de glicose no sangue e a melhorar a saúde cardiovascular, mas também contribui significativamente para o bem-estar geral e a qualidade de vida. Então, vamos aproveitar os benefícios transformadores do exercício e dar um passo importante em direção a uma vida mais saudável e equilibrada!

  1. Controle da Glicose no Sangue:

    • Colberg, S. R., Sigal, R. J., Yardley, J. E., Riddell, M. C., Dunstan, D. W., Dempsey, P. C., Horton, E. S., Castorino, K., & Tate, D. F. (2016). Physical activity/exercise and diabetes: A position statement of the American Diabetes Association. Diabetes Care, 39(11), 2065-2079. doi:10.2337/dc16-1728
  2. Melhora da Saúde Cardiovascular:

    • Balducci, S., Sacchetti, M., Haxhi, J., Orlando, G., D'Errico, V., Fallucca, S., & Pugliese, G. (2012). Physical exercise as therapy for type 2 diabetes mellitus. Diabetes/Metabolism Research and Reviews, 28(Suppl 1), 33-41. doi:10.1002/dmrr.2269
  3. Controle de Peso:

    • Umpierre, D., Ribeiro, P. A. B., Kramer, C. K., Leitão, C. B., Zucatti, A. T. N., Azevedo, M. J., Gross, J. L., & Ribeiro, J. P. (2011). Physical activity advice only or structured exercise training and association with HbA1c levels in type 2 diabetes: A systematic review and meta-analysis. Journal of the American Medical Association, 305(17), 1790-1799. doi:10.1001/jama.2011.576
  4. Redução do Estresse e Melhora do Bem-Estar Mental:

    • Craft, L. L., & Perna, F. M. (2004). The benefits of exercise for the clinically depressed. Primary Care Companion to the Journal of Clinical Psychiatry, 6(3), 104-111. doi:10.4088/PCC.v06n0301
  5. Fortalecimento Ósseo e Muscular:

    • Kukuljan, S., Nowson, C. A., Sanders, K. M., Nicholson, G. C., Seibel, M. J., Salmon, J., Daly, R. M. (2009). Independent and combined effects of calcium-vitamin D3 and exercise on bone structure and strength in older men: An 18-month factorial design randomized controlled trial. Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 94(3), 632-639. doi:10.1210/jc.2008-1575

Esses artigos fornecem uma base científica sólida para entender como a atividade física pode beneficiar indivíduos com diabetes, ajudando no controle da glicose, melhorando a saúde cardiovascular, auxiliando na manutenção do peso, reduzindo o estresse e fortalecendo os ossos e músculos. Certifique-se de consultar essas referências para obter informações mais detalhadas e embasar seu conhecimento sobre o tema.

segunda-feira, 8 de maio de 2023

Diretrizes da OMS para atividade física e comportamento sedentário



1°A atividade física é boa para o coração, o corpo e a mente. A atividade física regular pode prevenir e ajudar a controlar doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer, que causam quase três quartos das mortes em todo o mundo. A atividade física também pode reduzir os sintomas de depressão e ansiedade e melhorar o pensamento, a aprendizagem e o bem-estar geral. 

2° Qualquer quantidade de atividade física é melhor do que nenhuma, e quanto mais, melhor. Para saúde e bem-estar, a OMS recomenda pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física de moderada intensidade por semana (ou atividade física vigorosa equivalente) para todos os adultos, e uma média de 60 minutos de atividade física aeróbica moderada por dia para crianças e adolescentes. 

3° Toda atividade física conta. A atividade física pode ser realizada como parte do trabalho, esporte e lazer ou transporte (caminhando, patinando e pedalando), bem como tarefas diárias e domésticas. 

4° O fortalecimento muscular beneficia a todos. Idosos (com 65 anos ou mais) devem adicionar atividades físicas que enfatizem o equilíbrio e a coordenação, bem como o fortalecimento muscular, para ajudar a prevenir quedas e melhorar a saúde. 

5° Muito comportamento sedentário pode ser prejudicial à saúde. Pode aumentar o risco de doenças cardíacas, câncer e diabetes tipo 2. Limitar o tempo sedentário e ser fisicamente ativo é bom para a saúde. 

6° Todos podem se beneficiar com o aumento da atividade física e a redução do comportamento sedentário, incluindo mulheres grávidas, no pós-parto e pessoas que vivem com doenças crônicas ou deficiências.

Quatro a cinco milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a população global fosse mais fisicamente ativa. Estas diretrizes globais permitem que os países desenvolvam políticas nacionais de saúde baseadas em evidências e apoiem a implementação do Plano de Ação Global da OMS para a atividade física 2018-2030. Ações e investimentos em políticas para promover a atividade física e reduzir o comportamento sedentário podem ajudar a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2030, particularmente Boa Saúde e Bem-estar (ODS3), Cidades e Comunidades Sustentáveis (ODS11), Ações contra as Mudanças Climáticas (ODS13), bem como Educação de Qualidade (ODS4) entre outros.

TODO MOVIMENTO CONTA

Atividades de moderada intensidade aumentam sua frequência cardíaca e fazem você respirar mais rápido. Atividades de vigorosa intensidade fazem você respirar ainda mais forte e rápido. Existem muitas maneiras de fortalecer seus músculos, esteja você em casa ou em uma academia.

A atividade física regular é um fator chave de proteção para prevenção e o controle das doenças não transmissíveis (DNTs), como as doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e vários tipos de cânceres. A atividade física também beneficia a saúde mental, incluindo prevenção do declínio cognitivo e sintomas de depressão e ansiedade; e pode contribuir para a manutenção do peso saudável e do bem-estar geral. Estimativas globais indicam que 27,5% dos adultos (1) e 81% dos adolescentes (2) não atendem às recomendações da OMS de 2010 para atividade física (3), com quase nenhuma melhora observada durante a última década. Existem também desigualdades notáveis: os dados mostram que, na maioria dos países, meninas e mulheres são menos ativas do que meninos e homens, e que há diferenças significativas nos níveis de atividade física entre grupos econômicos de alta e baixa renda, e entre países e regiões.

Leia completo:

https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/337001/9789240014886-por.pdf

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Como manter a forma durante as festas de final de ano



Datas especiais como Natal e Réveillon existem para serem celebradas. São momentos especiais, de união e confraternização familiar e entre amigos, que devem ser aproveitados e festejados.


Porém, durante as festas de final de ano devemos celebrar com inteligência e moderação. É justamente nessa época do ano que podemos cometer certos excessos, que podem colocar a perder todo o esforço e suor realizado na academia durante todo o ano.


Para quem não quer passar vontade no final do ano e curtir sem culpa esse período tão especial, preparamos algumas dicas que irão ajudar a manter a forma e evitar o acúmulo das tão indesejadas gorduras localizadas.


Comemore sim, mas nos dias certos e com moderação.

Você provavelmente já vai sair da dieta no Natal e no Réveillon, portanto, se tiver outros eventos na agenda durante esse período, tenha controle e saiba dizer não para os petiscos, guloseimas, comidas gordurosas, bebidas alcoólicas e calorias em excesso.


O Equilíbrio é o segredo do sucesso

No Natal e no Réveillon, procure fazer refeições mais leves e saudáveis durante o dia, com saladas, verduras e frutas. Assim, a noite, na hora da ceia, vai ser possível cometer alguns pecados sem tanta culpa ou preocupação.


Aprenda a fazer as escolhas certas

Na hora da comemoração, evite os petiscos mais calóricos como queijos do tipo gorgonzola, provolone ou catupiry. Presunto, salames, azeitonas, salgadinhos e maionese e molhos gordurosos também não são bem vindos.


Evite as bebidas calóricas, que são quase impossíveis de beber apenas um copo, como a cerveja . O ideal é não beber álcool e optar por drinks preparados com água gaseificada e frutas. Uma taça de vinho ou champanhe para fazer o brinde já é o suficiente.


Prefira as carnes magras, como o peru ou chester, mas lembre-se de retirar a pele, que é extremamente calórica e pouco saudável. Uma ótima opção de proteínas para sua ceia é preparar um peixe com um molho especial.


Também é importante se preocupar com o preparo dos pratos. Substitua ingredientes tradicionais pelos com menos calorias, como por exemplo:


Ricota

Leite desnatado

Requeijão ligth

Queijo tipo cottage

Iogurte desnatado

Limão

Ervas (manjericão, hortelã, alecrim etc.)

Cuidado com as sobremesas

Lembre-se que muitas vezes é na hora da sobremesa que está o grande pecado. Doces são altamente calóricos e a maioria também é gorduroso e pouco nutritivo.


O ideal mesmo é substituir as sobremesas tradicionais por frutas da época como: figos, pêssegos, uvas e ameixas. Mas se aquela sua tia distante ou mesmo a sua avó preparou com todo carinho uma sobremesa especial e irresistível, não precisa fazer desfeita e deixar de comer. Porém, lembre-se que uma porção só já é o suficiente para matar a vontade e manter a forma.

 Não Abandone os Exercícios 

O exercício físico é a única maneira de utilizar toda essa energia que foi acumulada sem culpa durante as festas, portanto, nunca o deixe de lado. Se não for possível manter aquele treino intenso e regrado que você vinha fazendo até aqui, procure ao menos realizar atividades com alguma regularidade.


Aproveite as férias para fazer atividades diferenciadas e ao ar livre como: corridas, caminhadas ou aquele pedal na bike que está encostada na garagem.  Também é possível realizar exercícios funcionais, sem o uso de equipamentos, e manter o trabalho dos principais grupos musculares do seu corpo


Se você está sedentário, essa é a melhor hora para começar.

Essa época representa o final de um ciclo e inicio de um novo que está por vir. Se faz tanto tempo que seu velho par de tênis está jogado no armário, e você nem lembra qual foi a última vez que colocou esse corpinho para se mexer, essa é uma ótima oportunidade para começar.


Ano Novo…Vida Nova! Só depende de você e se precisar estaremos disponíveis para te ajudar 😎

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

FAÇA GERMAN VOLUME TRAINING (GVT) PRA CRESCER DE VERDADE


Uma técnica avançada chamada German Volume Training, ou abreviada para GVT, surgiu na década de 80 para ganhos massivos de força para fins militares ou olímpicos. Porém, ela foi incorporada para a musculação e hipertrofia. É uma técnica que eu utilizo bastante com os meus alunos e também falo sobre ela nos meus cursos.


Eu gosto de trabalhar com os meus alunos colocando sempre uma técnica avançada de treinamento por grupamento muscular. Não necessariamente você precisa usar a mesma para todos, você pode mesclar!

É exatamente sobre isso. O GVT foi pré-estabelecido que deveria ser utilizado em todos os grupamentos musculares, porém, na hora de entender técnicas avançadas de treino você deve sempre pensar em personalizar: pegue o conceito e aplique como você achar que é mais interessante de acordo com o seu objetivo e corpo.

Um outro ponto é que o GVT não é utilizado em exercícios isoladores, porém não há nenhum tipo de problema em fazer essa utilização. É verdade, é uma adaptação da técnica original, mas que para a nossa modalidade é completamente compreendida como correta.

A execução do GVT é algo razoavelmente simples, nós vamos escolher um exercício de algum grupamento muscular e vamos PREFERENCIALMENTE (pode-se adaptar isso) em exercícios multiarticulares, como por exemplo, o supino reto para peito.

Na escolha desse exercício, vamos fazer 10 séries de 10 repetições. Aqui, outra adaptação é necessária, nós não vamos fazer 10 repetições e parar, nós vamos fazer todas as 10 séries até a falha completa. Caso você fique muito longe das 10 repetições, ou seja, faça abaixo de 8 ou acima de 12, nós ajustamos a carga para que fique uma falha próximo de 8 a 12 movimentos.

É normal você começar com uma carga mais alta e vir reduzindo, porque o tempo de intervalo é fixo de 1 a 2 minutos no máximo, independentemente do exercício escolhido.

Portanto, serão 10 séries até a falha com 1 a 2 minutos de intervalo de um só exercício. O que nós temos que lembrar é passar de 20 séries em um grupamento muscular não é usual. Se atente nisso ao montar o treino.

Você já usou essa técnica? Como foi?

Escrito por:
Leandro Twin
Treinador
instagram: https://www.instagram.com/leandrotwin/

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Agachamento completo, 90º ou a 50º? qual o ideal?


 Inicialmente, é fato comprovado que a Musculação é uma das atividades menos lesivas, quando comparada as mundo fitness e ao esportivo, pois os aparelhos são biomecanicamente pensados para otimizar os movimentos articulares e viabilizar a contração musculoesquelética; sendo que as lesões geralmente só ocorrem quando há algum tipo de negligência (excesso de carga, movimento inadequado, falta de aquecimento, de orientação, inaptidão física e etc.) (Gentil, 2011).

    O agachamento, movimento que fora criado por militares do The United State of Americ’s Army (Exército Norte-americano) no início do século XX, derivado da ginástica calistênica, e foi inicialmente denominado de kangaroo (canguru). Atualmente usa-se o termo em inglês squat ou o espanhol sentadilla, que significam agachamento, e que é um dos movimentos mais complexos e completos para o fortalecimento de músculos dos membros inferiores como o quadríceps, o glúteo máximo e tantos outros da musculatura da coxa, do quadril, da lombar e da perna (Weiss et al., 2000). Outro ponto que se destaca relaciona-se aos benefícios da funcionalidade, pelo fato usarmos o movimento de agachar desde a mais tenra infância, na vida adulta, nas atividades do cotidiano e até mesmo nas atividades laborais.

Cinesiologicamente o agachamento até poderia ser classificado como um movimento poliarticular (quadril, tornozelos, tronco e joelhos), dada sua complexidade, mas, classifica-se como biarticular e tem como motor primário o quadríceps, que estende os joelhos e é auxiliado secundariamente pelo glúteo máximo que estende os quadris, e que tem como estabilizadores os paravertebrais, o reto do abdômen e o solear. A alavanca biomecânica envolvida é a do tipo interfixa (Braço de Força – Eixo – Braço de Resistência), considerando-se a inserção do quadríceps no tendão patelar (Bergemann; Moorman, 2001).




O Agachamento Completo, o Parcial e o a 50º graus

    Sobre o agachamento parcial (90º) ou o meio agachamento, esse é o ângulo mais prescrito, por se considerá-lo o mais seguro. Contudo, vários estudos fidedignos, como o de Weiss et al. (2000), que comparou os ganhos de força de homens jovens, treinando com agachamentos e leg press, realizados com três tipos de amplitude: completa; até 50º graus; e até 90º graus de flexão de joelhos e verificaram, por análises eletromiográficas, que esta suposta segurança perpassa pelo fato de nenhum dos voluntários sofrer qualquer tipo de lesão ou sinal de desgaste, somente quando os mesmos evitaram que o ângulo - específico - de 90º fosse atingido (o que permite que as coxas fiquem paralelas à linha do solo, em face de este ser o ângulo de maior incidência de impacto de força vetorial do tendão patelar na tuberosidade da tíbia, que é onde o tendão patelar insere-se), e, permaneceram com um grau de flexão máxima dos joelhos de 50º (Fairchild et al., 1993). Assim, para que o agachamento parcial seja considerado mais seguro, deve-se evitar esse ângulo (90º), executando o movimento de forma mais encurtada, evadindo-se do impacto na articulação do joelho, pois ele pode ser lesivo em alguns casos e permanecendo com o grau máximo de flexão supracitado (50 º).

    Cabe pontuar que estes vetores de força podem chegar a 8.000 Newton’s durante o agachamento completo e o parcial, com cargas elevadas (250 a 382,50 kg), sendo praticamente a mesma nos ângulos entre 60 º a 130 º de flexão de joelhos, estabelecendo esses valores como as piores angulações, no que diz respeito ao impacto na articulação. Adverte-se que, da mesma forma que a compressão tibiofemoral excessiva pode ser lesiva para meniscos e cartilagens, elas têm um papel importante na estabilidade dos joelhos. Algo dicotômico, portanto (Escamilla et al., 2001).

    Sobre o agachamento até 50º de flexão dos joelhos, o mesmo evidenciou-se como o mais seguro entre os três tipos analisados, No entanto, esta mesma diminuição na angulação de trabalho, que resulta em maior segurança, também incide diretamente na redução da eficiência deste tipo de agachamento. Cerca de até 35% menos ativação do quadríceps, 41% menos ativação do glúteo máximo e menor recrutamento da musculatura auxiliar e estabilizadora, quando comparado ao agachamento completo, e, cerca de até 25% menos ativação do quadríceps, 31% menos ativação do glúteo máximo e também menor recrutamento da musculatura auxiliar e estabilizadora, quando comparado ao agachamento parcial (Neitzel; Davies, 2000).

    No que tange ao agachamento completo, os estudos também não verificaram que os voluntários tenham sido acometidos por qualquer tipo de desgaste ou lesão (a não ser o já supracitado risco do ângulo de 90º), quando a ele submetidos, e ainda comprovaram que há ganhos - médios - superiores de força máxima (18%) e explosiva (11%); a utilização de 12% a mais de unidades motoras do sóleo na estabilização do movimento; maior ativação do glúteo máximo (22%); maior ativação do quadríceps (31%) e ganhos de funcionalidade, quando comparado a todos os outros tipos de agachamentos, incluindo as angulações que aqui não foram objeto de discussão (Escamilla, 2001).

    Outro ponto importante do agachamento completo relaciona-se à questão da técnica correta de execução, sendo a amplitude de movimento, um dos primeiros fatores a serem afetados, quando se deseja hipertrofia, por exemplo, pois os maiores níveis de ocorrência deste fenômeno metabólico incidem quando se verifica a ocorrência de descargas elétricas em fibras musculares em posições alongadas, ou seja, contrações musculares a partir de ângulos elevados, pois a contração dos músculos a partir da posição estendida causa alongamento irregular dos sarcômeros, aumentando o potencial de ocorrência das microlesões, e o posterior derramamento sarcoplasmático, que são pré-requisitos para que a hipertrofia aconteça. Outra questão que deve ser considerada, é que nossas estruturas musculares e articulares adaptam-se de modo extremamente específico, onde uma pessoa que usa amplitudes muito curtas pode, facilmente, se lesionar em um movimento cotidiano ou laboral, pelo simples fato de haver se “destreinado” para o dia a dia.

Considerações finais

    Portanto, não se trata de aqui se fazer a defesa de um ou de outro ao se responder ao questionamento proposto, mas, assevera-se que, entre os três tipos analisados, o agachamento completo é o mais efetivo, quando relacionado aos resultados de performance, e quando comparado ao de 90º e ao de 50º de flexão dos joelhos, e, sendo assim, se o objetivo é o resultado (hipertrofia, força, potência, condicionamento, maior ativação de unidades motoras e etc.), ele deve ser o eleito!

    Já o agachamento parcial evidenciou-se como o de maior potencial lesivo entre os três tipos, caso não se evite o ângulo de 90º.

    Finalizando-se o movimento até 50º de flexão dos joelhos, este terceiro tipo se torna, por conseqüência, o mais seguro entre os três, mas, mais ineficaz ainda, pelo fato da imposição de um menor ângulo de trabalho e uma conseqüente menor ativação de unidades motoras de toda a musculatura agônica envolvida.

    Assim, apesar de nos três tipos de agachamento coexistir contraindicações e riscos, no completo demandam-se maiores critérios de atenção de prescrição, em face da grande desvantagem mecânica, do equilíbrio intermuscular e do torque de força necessários no final da fase excêntrica, que é a posição inicial, e quando os joelhos e quadris estão totalmente fletidos para se iniciar a subida na fase concêntrica (até a posição final), quando joelhos e quadris estão estendidos.

    Citam-se casos em que o agachamento completo fica totalmente contraindicado, o parcial com contraindicação relativa e o até 50º com maiores níveis de indicação: condromalácia; genu valgo e genu varo acentuados; osteoporose; lesões ligamentares de colateral tibial e fibular, cruzados posterior e anterior; de recuperação pós-cirúrgica; encurtamentos da cadeia posterior; portadores de artrite; artrose; hérnias de disco; bico de papagaio; degenerações/lesões de menisco e patela, indivíduos com perda da viscosidade do líquido sinovial, e, em “alguns” indivíduos da terceira idade e da adolescência.

    Sendo assim, os três tipos aqui analisados e discutidos podem e devem ser prescritos, cada um com suas particularidades, qualidades, limitações, prós e contras, o que delega ao profissional de Educação Física a incumbência de atender a critérios de bom senso, e, sobretudo, responder a duas questões mais importantes, antes de se optar por um ou por outro: Quem irá fazê-los? E para que irá fazê-los?

    Outro ponto tão importante, é que se vislumbre a necessidade, intrínseca, da realização de uma avaliação criteriosa do estado de condicionamento físico e de saúde, dos objetivos e de uma preparação prévia da musculatura do executante, antes de optar pelo tipo de exercício a ser prescrito.

    Por fim, algumas dicas básicas: nunca executar a báscula (encaixar o quadril), pois as curvaturas da coluna vertebral (cervical, torácica, lombar e sacra) são anatômicas (naturais) e biomecanicamente feitas para suportar e ajudar a dissipar o peso sobre ela depositado, e, portanto, devem ser mantidas, sendo que não se deve, nem ratificar a curvatura lombar, nem mesmo acentuá-la durante o movimento (nem mesmo na fase final); evite curvar-se demais à frente, a ponto dos joelhos ultrapassarem a ponta dos pés; mantenha os cotovelos alinhados à barra, olhando-se à frente; alinhe os joelhos com as pontas dos pés; inspire durante a fase excêntrica e expire durante a fase concêntrica do movimento, pois, do contrário, dificulta-se a execução perfeita do movimento.

Bibliografia


Escamilla, R.F. (2001). Knee biomechanics of the dynamic squat exercise. Med Sci Sports Exerc 33, 127-141.

Escamilla, R.F., Fleisig, G.S., Zheng, N., Lander, J.E., Barrentine, S.W., Andrews, J.R., et al. (2001). Effects of technique variations on knee biomechanics during the squat and leg press. Med Sci Sports Exerc 33, 1552-1566.

Gentil, P. (2011). Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia. Editora Sprint, Rio de Janeiro.

Neitzel, J.A. & Davies, G.J. (2000). The Benefits and Controversy of the Parallel Squat in Strength Traing and Rehabilitation. Strength Cond 22, 30-37.

Weiss, L.W., Frx, A.C., Wood, L.E., Relyea, G.E. & Melton, C. (2000). Comparative Effects of Deep Versus Shallow Squat and Leg-Press Training on Vertical Jumping Ability and Related Factors. J Strength and Cond Res 14, 241-247.

Escrito:

Prof. Dr. José Eduardo Costa de Oliveira
prof.zedu@usp.br
(Brasil)
Profissional de Educação Física e pesquisador
Membro da equipe da USP, do Núcleo de Estudos, Ensino e Pesquisa
do Programa de Assistência Primária de Saúde Escolar – PROASE


quarta-feira, 17 de agosto de 2022

MÚSCULO NÃO CONTA? DURAÇÃO DAS REPETIÇÕES VS. TEMPO SOB TENSÃO


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Belmiro Freitas de Salles PhD.

Treinador
🎯Ensino Musculação da Prática à Teoria
🗣Professor| Pesquisador| Treinador
🎓Lic, BSc, Esp, MSc, PhD, Postdoc
📖+90 estudos, Best-Seller +22k livros

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A duração das repetições pode variar de acordo com o exercício, número de articulações envolvidas, amplitudes articulares, cadência ou nível de fadiga.

Isso deixa claro que o mesmo número de repetições pode resultar em séries com diferentes durações totais ou, um mesmo tempo sob tensão total pode resultar em diferentes números de repetições.

Nesse último contexto, o que seria mais importante: o número de repetições ou a duração da série?

Em estudo que acabou de sair, Martins-Costa et al. (2022) compararam 2 protocolos equiparadas pelo tempo sob tensão sobre a força e hipertrofia dos peitorais e tríceps.

Os praticantes não treinados foram separados em 3 grupos:
☑️Grupo 3s (12 repetições com 3s)
☑️Grupo 6s (6 repetições com 6s)
☑️Grupo Controle

Protocolo de treinamento:
☑️Supino 36s por série
☑️3-4 séries com 50-55% de 1RM e 3min de intervalo
☑️10 semanas

Resultados:
✅Não foram observadas diferenças entre protocolos no ganho de massa muscular ou força para o supino.
✅O peitoral não apresentou diferenças entre regiões musculares.
✅O tríceps apresentou maior hipertrofia na região distal, próxima ao cotovelo.

Conclusões:
Os protocolos de treinamento com mesmo tempo sob tensão resultam em ganhos similares na força e hipertrofia, mesmo que a duração e número de repetições realizados sejam bem diferentes.

Os resultados sugerem que o número de repetições não pode ser considerado de forma independente da duração das repetições e das séries.

Referência:
Martins-Costa, HC, Lacerda, LT, Diniz, RCR, Lima, FV, Andrade, AGP, Peixoto, GH, Gomes, MC, Lanza, MB, Bemben, MG, and Chagas, MH. Equalization of training protocols by time under tension determines the magnitude of changes in strength and muscular hypertrophy. J Strength Cond Res 36(7): 1770–1780, 2022