quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Como manter a forma durante as festas de final de ano



Datas especiais como Natal e Réveillon existem para serem celebradas. São momentos especiais, de união e confraternização familiar e entre amigos, que devem ser aproveitados e festejados.


Porém, durante as festas de final de ano devemos celebrar com inteligência e moderação. É justamente nessa época do ano que podemos cometer certos excessos, que podem colocar a perder todo o esforço e suor realizado na academia durante todo o ano.


Para quem não quer passar vontade no final do ano e curtir sem culpa esse período tão especial, preparamos algumas dicas que irão ajudar a manter a forma e evitar o acúmulo das tão indesejadas gorduras localizadas.


Comemore sim, mas nos dias certos e com moderação.

Você provavelmente já vai sair da dieta no Natal e no Réveillon, portanto, se tiver outros eventos na agenda durante esse período, tenha controle e saiba dizer não para os petiscos, guloseimas, comidas gordurosas, bebidas alcoólicas e calorias em excesso.


O Equilíbrio é o segredo do sucesso

No Natal e no Réveillon, procure fazer refeições mais leves e saudáveis durante o dia, com saladas, verduras e frutas. Assim, a noite, na hora da ceia, vai ser possível cometer alguns pecados sem tanta culpa ou preocupação.


Aprenda a fazer as escolhas certas

Na hora da comemoração, evite os petiscos mais calóricos como queijos do tipo gorgonzola, provolone ou catupiry. Presunto, salames, azeitonas, salgadinhos e maionese e molhos gordurosos também não são bem vindos.


Evite as bebidas calóricas, que são quase impossíveis de beber apenas um copo, como a cerveja . O ideal é não beber álcool e optar por drinks preparados com água gaseificada e frutas. Uma taça de vinho ou champanhe para fazer o brinde já é o suficiente.


Prefira as carnes magras, como o peru ou chester, mas lembre-se de retirar a pele, que é extremamente calórica e pouco saudável. Uma ótima opção de proteínas para sua ceia é preparar um peixe com um molho especial.


Também é importante se preocupar com o preparo dos pratos. Substitua ingredientes tradicionais pelos com menos calorias, como por exemplo:


Ricota

Leite desnatado

Requeijão ligth

Queijo tipo cottage

Iogurte desnatado

Limão

Ervas (manjericão, hortelã, alecrim etc.)

Cuidado com as sobremesas

Lembre-se que muitas vezes é na hora da sobremesa que está o grande pecado. Doces são altamente calóricos e a maioria também é gorduroso e pouco nutritivo.


O ideal mesmo é substituir as sobremesas tradicionais por frutas da época como: figos, pêssegos, uvas e ameixas. Mas se aquela sua tia distante ou mesmo a sua avó preparou com todo carinho uma sobremesa especial e irresistível, não precisa fazer desfeita e deixar de comer. Porém, lembre-se que uma porção só já é o suficiente para matar a vontade e manter a forma.

 Não Abandone os Exercícios 

O exercício físico é a única maneira de utilizar toda essa energia que foi acumulada sem culpa durante as festas, portanto, nunca o deixe de lado. Se não for possível manter aquele treino intenso e regrado que você vinha fazendo até aqui, procure ao menos realizar atividades com alguma regularidade.


Aproveite as férias para fazer atividades diferenciadas e ao ar livre como: corridas, caminhadas ou aquele pedal na bike que está encostada na garagem.  Também é possível realizar exercícios funcionais, sem o uso de equipamentos, e manter o trabalho dos principais grupos musculares do seu corpo


Se você está sedentário, essa é a melhor hora para começar.

Essa época representa o final de um ciclo e inicio de um novo que está por vir. Se faz tanto tempo que seu velho par de tênis está jogado no armário, e você nem lembra qual foi a última vez que colocou esse corpinho para se mexer, essa é uma ótima oportunidade para começar.


Ano Novo…Vida Nova! Só depende de você e se precisar estaremos disponíveis para te ajudar 😎

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

FAÇA GERMAN VOLUME TRAINING (GVT) PRA CRESCER DE VERDADE


Uma técnica avançada chamada German Volume Training, ou abreviada para GVT, surgiu na década de 80 para ganhos massivos de força para fins militares ou olímpicos. Porém, ela foi incorporada para a musculação e hipertrofia. É uma técnica que eu utilizo bastante com os meus alunos e também falo sobre ela nos meus cursos.


Eu gosto de trabalhar com os meus alunos colocando sempre uma técnica avançada de treinamento por grupamento muscular. Não necessariamente você precisa usar a mesma para todos, você pode mesclar!

É exatamente sobre isso. O GVT foi pré-estabelecido que deveria ser utilizado em todos os grupamentos musculares, porém, na hora de entender técnicas avançadas de treino você deve sempre pensar em personalizar: pegue o conceito e aplique como você achar que é mais interessante de acordo com o seu objetivo e corpo.

Um outro ponto é que o GVT não é utilizado em exercícios isoladores, porém não há nenhum tipo de problema em fazer essa utilização. É verdade, é uma adaptação da técnica original, mas que para a nossa modalidade é completamente compreendida como correta.

A execução do GVT é algo razoavelmente simples, nós vamos escolher um exercício de algum grupamento muscular e vamos PREFERENCIALMENTE (pode-se adaptar isso) em exercícios multiarticulares, como por exemplo, o supino reto para peito.

Na escolha desse exercício, vamos fazer 10 séries de 10 repetições. Aqui, outra adaptação é necessária, nós não vamos fazer 10 repetições e parar, nós vamos fazer todas as 10 séries até a falha completa. Caso você fique muito longe das 10 repetições, ou seja, faça abaixo de 8 ou acima de 12, nós ajustamos a carga para que fique uma falha próximo de 8 a 12 movimentos.

É normal você começar com uma carga mais alta e vir reduzindo, porque o tempo de intervalo é fixo de 1 a 2 minutos no máximo, independentemente do exercício escolhido.

Portanto, serão 10 séries até a falha com 1 a 2 minutos de intervalo de um só exercício. O que nós temos que lembrar é passar de 20 séries em um grupamento muscular não é usual. Se atente nisso ao montar o treino.

Você já usou essa técnica? Como foi?

Escrito por:
Leandro Twin
Treinador
instagram: https://www.instagram.com/leandrotwin/

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Agachamento completo, 90º ou a 50º? qual o ideal?


 Inicialmente, é fato comprovado que a Musculação é uma das atividades menos lesivas, quando comparada as mundo fitness e ao esportivo, pois os aparelhos são biomecanicamente pensados para otimizar os movimentos articulares e viabilizar a contração musculoesquelética; sendo que as lesões geralmente só ocorrem quando há algum tipo de negligência (excesso de carga, movimento inadequado, falta de aquecimento, de orientação, inaptidão física e etc.) (Gentil, 2011).

    O agachamento, movimento que fora criado por militares do The United State of Americ’s Army (Exército Norte-americano) no início do século XX, derivado da ginástica calistênica, e foi inicialmente denominado de kangaroo (canguru). Atualmente usa-se o termo em inglês squat ou o espanhol sentadilla, que significam agachamento, e que é um dos movimentos mais complexos e completos para o fortalecimento de músculos dos membros inferiores como o quadríceps, o glúteo máximo e tantos outros da musculatura da coxa, do quadril, da lombar e da perna (Weiss et al., 2000). Outro ponto que se destaca relaciona-se aos benefícios da funcionalidade, pelo fato usarmos o movimento de agachar desde a mais tenra infância, na vida adulta, nas atividades do cotidiano e até mesmo nas atividades laborais.

Cinesiologicamente o agachamento até poderia ser classificado como um movimento poliarticular (quadril, tornozelos, tronco e joelhos), dada sua complexidade, mas, classifica-se como biarticular e tem como motor primário o quadríceps, que estende os joelhos e é auxiliado secundariamente pelo glúteo máximo que estende os quadris, e que tem como estabilizadores os paravertebrais, o reto do abdômen e o solear. A alavanca biomecânica envolvida é a do tipo interfixa (Braço de Força – Eixo – Braço de Resistência), considerando-se a inserção do quadríceps no tendão patelar (Bergemann; Moorman, 2001).




O Agachamento Completo, o Parcial e o a 50º graus

    Sobre o agachamento parcial (90º) ou o meio agachamento, esse é o ângulo mais prescrito, por se considerá-lo o mais seguro. Contudo, vários estudos fidedignos, como o de Weiss et al. (2000), que comparou os ganhos de força de homens jovens, treinando com agachamentos e leg press, realizados com três tipos de amplitude: completa; até 50º graus; e até 90º graus de flexão de joelhos e verificaram, por análises eletromiográficas, que esta suposta segurança perpassa pelo fato de nenhum dos voluntários sofrer qualquer tipo de lesão ou sinal de desgaste, somente quando os mesmos evitaram que o ângulo - específico - de 90º fosse atingido (o que permite que as coxas fiquem paralelas à linha do solo, em face de este ser o ângulo de maior incidência de impacto de força vetorial do tendão patelar na tuberosidade da tíbia, que é onde o tendão patelar insere-se), e, permaneceram com um grau de flexão máxima dos joelhos de 50º (Fairchild et al., 1993). Assim, para que o agachamento parcial seja considerado mais seguro, deve-se evitar esse ângulo (90º), executando o movimento de forma mais encurtada, evadindo-se do impacto na articulação do joelho, pois ele pode ser lesivo em alguns casos e permanecendo com o grau máximo de flexão supracitado (50 º).

    Cabe pontuar que estes vetores de força podem chegar a 8.000 Newton’s durante o agachamento completo e o parcial, com cargas elevadas (250 a 382,50 kg), sendo praticamente a mesma nos ângulos entre 60 º a 130 º de flexão de joelhos, estabelecendo esses valores como as piores angulações, no que diz respeito ao impacto na articulação. Adverte-se que, da mesma forma que a compressão tibiofemoral excessiva pode ser lesiva para meniscos e cartilagens, elas têm um papel importante na estabilidade dos joelhos. Algo dicotômico, portanto (Escamilla et al., 2001).

    Sobre o agachamento até 50º de flexão dos joelhos, o mesmo evidenciou-se como o mais seguro entre os três tipos analisados, No entanto, esta mesma diminuição na angulação de trabalho, que resulta em maior segurança, também incide diretamente na redução da eficiência deste tipo de agachamento. Cerca de até 35% menos ativação do quadríceps, 41% menos ativação do glúteo máximo e menor recrutamento da musculatura auxiliar e estabilizadora, quando comparado ao agachamento completo, e, cerca de até 25% menos ativação do quadríceps, 31% menos ativação do glúteo máximo e também menor recrutamento da musculatura auxiliar e estabilizadora, quando comparado ao agachamento parcial (Neitzel; Davies, 2000).

    No que tange ao agachamento completo, os estudos também não verificaram que os voluntários tenham sido acometidos por qualquer tipo de desgaste ou lesão (a não ser o já supracitado risco do ângulo de 90º), quando a ele submetidos, e ainda comprovaram que há ganhos - médios - superiores de força máxima (18%) e explosiva (11%); a utilização de 12% a mais de unidades motoras do sóleo na estabilização do movimento; maior ativação do glúteo máximo (22%); maior ativação do quadríceps (31%) e ganhos de funcionalidade, quando comparado a todos os outros tipos de agachamentos, incluindo as angulações que aqui não foram objeto de discussão (Escamilla, 2001).

    Outro ponto importante do agachamento completo relaciona-se à questão da técnica correta de execução, sendo a amplitude de movimento, um dos primeiros fatores a serem afetados, quando se deseja hipertrofia, por exemplo, pois os maiores níveis de ocorrência deste fenômeno metabólico incidem quando se verifica a ocorrência de descargas elétricas em fibras musculares em posições alongadas, ou seja, contrações musculares a partir de ângulos elevados, pois a contração dos músculos a partir da posição estendida causa alongamento irregular dos sarcômeros, aumentando o potencial de ocorrência das microlesões, e o posterior derramamento sarcoplasmático, que são pré-requisitos para que a hipertrofia aconteça. Outra questão que deve ser considerada, é que nossas estruturas musculares e articulares adaptam-se de modo extremamente específico, onde uma pessoa que usa amplitudes muito curtas pode, facilmente, se lesionar em um movimento cotidiano ou laboral, pelo simples fato de haver se “destreinado” para o dia a dia.

Considerações finais

    Portanto, não se trata de aqui se fazer a defesa de um ou de outro ao se responder ao questionamento proposto, mas, assevera-se que, entre os três tipos analisados, o agachamento completo é o mais efetivo, quando relacionado aos resultados de performance, e quando comparado ao de 90º e ao de 50º de flexão dos joelhos, e, sendo assim, se o objetivo é o resultado (hipertrofia, força, potência, condicionamento, maior ativação de unidades motoras e etc.), ele deve ser o eleito!

    Já o agachamento parcial evidenciou-se como o de maior potencial lesivo entre os três tipos, caso não se evite o ângulo de 90º.

    Finalizando-se o movimento até 50º de flexão dos joelhos, este terceiro tipo se torna, por conseqüência, o mais seguro entre os três, mas, mais ineficaz ainda, pelo fato da imposição de um menor ângulo de trabalho e uma conseqüente menor ativação de unidades motoras de toda a musculatura agônica envolvida.

    Assim, apesar de nos três tipos de agachamento coexistir contraindicações e riscos, no completo demandam-se maiores critérios de atenção de prescrição, em face da grande desvantagem mecânica, do equilíbrio intermuscular e do torque de força necessários no final da fase excêntrica, que é a posição inicial, e quando os joelhos e quadris estão totalmente fletidos para se iniciar a subida na fase concêntrica (até a posição final), quando joelhos e quadris estão estendidos.

    Citam-se casos em que o agachamento completo fica totalmente contraindicado, o parcial com contraindicação relativa e o até 50º com maiores níveis de indicação: condromalácia; genu valgo e genu varo acentuados; osteoporose; lesões ligamentares de colateral tibial e fibular, cruzados posterior e anterior; de recuperação pós-cirúrgica; encurtamentos da cadeia posterior; portadores de artrite; artrose; hérnias de disco; bico de papagaio; degenerações/lesões de menisco e patela, indivíduos com perda da viscosidade do líquido sinovial, e, em “alguns” indivíduos da terceira idade e da adolescência.

    Sendo assim, os três tipos aqui analisados e discutidos podem e devem ser prescritos, cada um com suas particularidades, qualidades, limitações, prós e contras, o que delega ao profissional de Educação Física a incumbência de atender a critérios de bom senso, e, sobretudo, responder a duas questões mais importantes, antes de se optar por um ou por outro: Quem irá fazê-los? E para que irá fazê-los?

    Outro ponto tão importante, é que se vislumbre a necessidade, intrínseca, da realização de uma avaliação criteriosa do estado de condicionamento físico e de saúde, dos objetivos e de uma preparação prévia da musculatura do executante, antes de optar pelo tipo de exercício a ser prescrito.

    Por fim, algumas dicas básicas: nunca executar a báscula (encaixar o quadril), pois as curvaturas da coluna vertebral (cervical, torácica, lombar e sacra) são anatômicas (naturais) e biomecanicamente feitas para suportar e ajudar a dissipar o peso sobre ela depositado, e, portanto, devem ser mantidas, sendo que não se deve, nem ratificar a curvatura lombar, nem mesmo acentuá-la durante o movimento (nem mesmo na fase final); evite curvar-se demais à frente, a ponto dos joelhos ultrapassarem a ponta dos pés; mantenha os cotovelos alinhados à barra, olhando-se à frente; alinhe os joelhos com as pontas dos pés; inspire durante a fase excêntrica e expire durante a fase concêntrica do movimento, pois, do contrário, dificulta-se a execução perfeita do movimento.

Bibliografia


Escamilla, R.F. (2001). Knee biomechanics of the dynamic squat exercise. Med Sci Sports Exerc 33, 127-141.

Escamilla, R.F., Fleisig, G.S., Zheng, N., Lander, J.E., Barrentine, S.W., Andrews, J.R., et al. (2001). Effects of technique variations on knee biomechanics during the squat and leg press. Med Sci Sports Exerc 33, 1552-1566.

Gentil, P. (2011). Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia. Editora Sprint, Rio de Janeiro.

Neitzel, J.A. & Davies, G.J. (2000). The Benefits and Controversy of the Parallel Squat in Strength Traing and Rehabilitation. Strength Cond 22, 30-37.

Weiss, L.W., Frx, A.C., Wood, L.E., Relyea, G.E. & Melton, C. (2000). Comparative Effects of Deep Versus Shallow Squat and Leg-Press Training on Vertical Jumping Ability and Related Factors. J Strength and Cond Res 14, 241-247.

Escrito:

Prof. Dr. José Eduardo Costa de Oliveira
prof.zedu@usp.br
(Brasil)
Profissional de Educação Física e pesquisador
Membro da equipe da USP, do Núcleo de Estudos, Ensino e Pesquisa
do Programa de Assistência Primária de Saúde Escolar – PROASE


quarta-feira, 17 de agosto de 2022

MÚSCULO NÃO CONTA? DURAÇÃO DAS REPETIÇÕES VS. TEMPO SOB TENSÃO


Do Instagram sigam:@desalles

Belmiro Freitas de Salles PhD.

Treinador
🎯Ensino Musculação da Prática à Teoria
🗣Professor| Pesquisador| Treinador
🎓Lic, BSc, Esp, MSc, PhD, Postdoc
📖+90 estudos, Best-Seller +22k livros

biolinky.co/desalles

A duração das repetições pode variar de acordo com o exercício, número de articulações envolvidas, amplitudes articulares, cadência ou nível de fadiga.

Isso deixa claro que o mesmo número de repetições pode resultar em séries com diferentes durações totais ou, um mesmo tempo sob tensão total pode resultar em diferentes números de repetições.

Nesse último contexto, o que seria mais importante: o número de repetições ou a duração da série?

Em estudo que acabou de sair, Martins-Costa et al. (2022) compararam 2 protocolos equiparadas pelo tempo sob tensão sobre a força e hipertrofia dos peitorais e tríceps.

Os praticantes não treinados foram separados em 3 grupos:
☑️Grupo 3s (12 repetições com 3s)
☑️Grupo 6s (6 repetições com 6s)
☑️Grupo Controle

Protocolo de treinamento:
☑️Supino 36s por série
☑️3-4 séries com 50-55% de 1RM e 3min de intervalo
☑️10 semanas

Resultados:
✅Não foram observadas diferenças entre protocolos no ganho de massa muscular ou força para o supino.
✅O peitoral não apresentou diferenças entre regiões musculares.
✅O tríceps apresentou maior hipertrofia na região distal, próxima ao cotovelo.

Conclusões:
Os protocolos de treinamento com mesmo tempo sob tensão resultam em ganhos similares na força e hipertrofia, mesmo que a duração e número de repetições realizados sejam bem diferentes.

Os resultados sugerem que o número de repetições não pode ser considerado de forma independente da duração das repetições e das séries.

Referência:
Martins-Costa, HC, Lacerda, LT, Diniz, RCR, Lima, FV, Andrade, AGP, Peixoto, GH, Gomes, MC, Lanza, MB, Bemben, MG, and Chagas, MH. Equalization of training protocols by time under tension determines the magnitude of changes in strength and muscular hypertrophy. J Strength Cond Res 36(7): 1770–1780, 2022

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Arroz parboilizado, branco ou integral: descubra qual o mais saudável Qual é a opção mais saudável, o arroz parboilizado, branco ou integral? Tire suas dúvidas com esse guia completo.


 Arroz parboilizado é melhor que o branco ou integral? Essa é uma dúvida bastante comum.

 

O clássico da culinária brasileira – e companheiro inseparável do feijão – pode ser encontrado em inúmeras versões: branco, vermelho, cateto, arbóreo, selvagem. 

 

No entanto, as variedades que normalmente compõem a mesa do brasileiro são o branco polido, parboilizado e integral. Mas aí surgem as dúvidas:

 

Qual é o mais saudável?

Qual devo escolher no momento da compra?

 

Os processos da indústria alimentícia, como o polimento excessivo dos grãos, podem diminuir a quantidade de nutrientes dos alimentos. Assim, o mais indicado é optar pelos itens menos processados. 

 

Com o arroz acontece o mesmo. Alguns processos alteram as propriedades dos grãos. Conheça as características dos tipos de arroz mais consumidos e faça a sua escolha considerando as propriedades e benefícios de cada um. 

 

Preparamos um artigo completo para você entender tudo sobre o arroz parboilizado. Neste artigo, você vai aprender: 

 
  • Arroz parboilizado ou integral: Qual é o mais saudável? 
  • Afinal, o que é arroz parboilizado? 
  • Conheça os benefícios do arroz parboilizado
  • Como fazer arroz parboilizado: passo a passo
  • Tire suas dúvidas sobre o arroz parboilizado
 

Boa leitura!

Arroz parboilizado ou integral: qual é o mais saudável?

O arroz integral é o grão intacto, por isso, mantém melhor os nutrientes e fibras

 

O arroz integral é o grão intacto com camadas de farelo. Já o arroz parboilizado é descascado e polido, mas passa por um processo de parboilização que é realizado na água. Esse processo faz com que os nutrientes dos farelos penetrem no centro do grão, permanecendo ali. Ainda assim, o alimento com menos processamento será sempre melhor. 

 

Uma pesquisa divulgada em 2017 por Isabel Massaretto, pós-doutoranda do Centro de Pesquisa em Alimentos da Universidade de São Paulo (USP), revelou que o arroz integral tem cerca de 20% a mais de proteína e duas vezes e meia a mais de fibras que o arroz branco. Além de minerais, lipídios e vitaminas. 

 

Além disso, em termos nutricionais, o integral tem mais vitaminas que o parboilizado integral e tem índice glicêmico menor que o arroz branco. Ou seja: arroz integral ganha. 

 

Veja a tabela comparativa para 100g de cada arroz: 

 

Tabela Nutricional

Arroz Parboilizado

Arroz Integral

Fibras

0,63g

2,7g

Proteínas

3,2g

3g

Gorduras

0,6g

1g

Calorias

123kcal

121kcal

 

Arroz parboilizado é melhor que arroz branco? 

O arroz parboilizado é descascado e polido, assim como o arroz branco. 

 

A diferença entre eles é que o parboilizado passa por um processo de parboilização, que é quase um pré-cozimento. A imersão do grão em água quente faz que as fibras e nutrientes do arroz não sejam perdidos - o que acontece com o arroz branco.

 

Dessa forma, o arroz parboilizado, além de cozinhar mais rápido do que o branco e não grudar caso ultrapasse o tempo de cozimento, retém mais fibras e proteínas do que o arroz branco.

 

Veja a tabela comparativa para 100g de cada arroz: 

 

Tabela Nutricional

Arroz Parboilizado

Arroz Branco

Fibras

0,63g

0,49g

Proteínas

3,2g

2,32g

Gorduras

0,6g

1,18g

Calorias

123kcal

124kcal

Afinal, o que é arroz parboilizado?

A origem do nome vem do termo partial e boiled (parcialmente aquecido). Trata-se de um processo – encharcamento, aquecimento e secagem – no qual os grãos se tornam mais resistentes e de fácil manejo para o consumidor. 

 

Não tem tantas fibras quanto o arroz integral, que é o grão bruto, mas é uma excelente opção para quem procura uma versão mais saudável do alimento mais popular do Brasil. 

- Como é feita a parboilização

No Brasil, o arroz parboilizado foi, inicialmente, chamado de “arroz pré-cozido”. Além do nome não pegar no mercado, não está totalmente correto. Isso porque o processo de parboilização não é a mesma coisa que um cozimento. 

 

A parboilização acontece quando o arroz é imerso na água a 50 °C. Esse processo permite que o arroz, mesmo descascado e polido, mantenha os nutrientes do arroz integral, como vitamina B, magnésio, fósforo e potássio - claro que em diferentes proporções. 

 

 O processo é dividido em 3 fases: 

 

  • Encharcamento: o grão do arroz, ainda com a casca, é mergulhado na água quente por algumas horas. Conforme o arroz absorve a água, parte das fibras e nutrientes da casca é, também absorvida pelo grão. 
  • Gelatinização: o arroz, ainda úmido, é exposto a uma temperatura muito elevada, com pressão de vapor. Nesse momento, os nutrientes que penetram no grão são fixados nele. 
  • Secagem: a última etapa consiste na secagem, para que o grão possa, então, ser descascado e polido, assim como acontece com o arroz branco. 

Conheça os benefícios do arroz parboilizado

O arroz é um alimento que contém bons índices de fibras e proteínas e tem poucas calorias

 

Em geral, o arroz é um alimento com muitos benefícios. Fonte de nutrientes e fibras, boa fonte de proteína, baixo teor calórico são alguns exemplos.

 

Confira a lista de benefícios do arroz: 

 
  • Fonte de minerais como ferro e potássio
  • Contém proteínas, vitamina E e vitaminas do complexo B
  • Tem baixos índices de gordura e colesterol
  • É composto por mais de 70% de carboidrato, por isso é fonte de energia
  • É de fácil digestão
  • A combinação do arroz com feijão é uma rica fonte de proteína
  • Por não possuir glúten pode ser consumido por pessoas com doença celíaca
 

A esta lista, adicionam-se, no caso do arroz parboilizado: 

 
  • Maior percentual de fibras e proteínas
  • Custo reduzido, se comparado ao integral
  • Cozinha mais rapidamente
  • Fica mais soltinho na panela
  • Tem maior rendimento
  • Conserva-se por mais tempo
  • Pode ser reaquecido sem perder suas propriedades
  • Exige cerca de 50% menos óleo

- Vantagens do arroz parboilizado versus arroz branco polido 

O arroz branco polido tem grande quantidade de amido e poucos nutrientes. Isso porque muitos nutrientes se perdem no processo de moagem para obter o arroz polido. 

 

Portanto, o arroz branco polido apresenta uma quantidade menor de proteínas, vitaminas e minerais quando comparado ao arroz parboilizado

 

Além disso, o arroz polido tem alto índice glicêmico. Isso significa que, após o consumo, o organismo libera uma grande quantidade de insulina de modo a manter o nível normal de glicose no sangue. 

 

O aumento da produção insulínica resulta em menor saciedade após as refeições. Assim, você terá fome logo depois de uma refeição com arroz branco.

 

Cereais polidos excessivamente, como o arroz branco e os grãos de trigo usados na fabricação de farinhas de trigo, apresentam menor quantidade de fibras e nutrientes. 

 

Por isso, o Ministério da Saúde recomenda versões de cereais menos processados, como o arroz integral e, no caso das farinhas, a farinha de trigo integral.

- Vantagens do arroz parboilizado versus arroz integral

Uma pesquisa da USP, divulgada por Fabiana Kawassaki, nutricionista e doutora em tecnologia nuclear, indicou que o arroz integral e o parboilizado integral têm composições similares de macronutrientes e minerais. 

 

Além disso, o parboilizado integral tem tempo de vida maior que o integral. No entanto, durante o processo de parboilização, o arroz perde parte de seus nutrientes. 

 

Sendo assim, o arroz integral mantém mais nutrientes. A desvantagem desse grão é que, por estar em seu estado mais bruto, demora mais para cozinhar. A textura do produto final, quando cozida, também tende a ser mais rígida do que o arroz branco ou parboilizado.

Como fazer arroz parboilizado: passo a passo

O arroz parboilizado pode ser feito da mesma forma que o arroz branco

 

O arroz parboilizado pode ser feito da mesma forma que o arroz branco. O que vai mudar é o tempo de cozimento, já que o processo de parboilização faz acelerar o cozimento final. Vamos descrever, abaixo, o passo a passo para um arroz parboilizado padrão. 

 

Você pode usar o método para fazer outras receitas, como carreteiro, risoto, ou utilizar em sopas. Neste caso, basta encerrar o preparo com o arroz ainda crocante, para finalizar o cozimento durante a execução do restante da receita.

- Deixe o arroz de molho

Esta etapa é opcional, mas irá reduzir o tempo de cozimento. Quanto menor o tempo de cozimento do arroz, maior será o seu sabor.

 

Você pode cobrir o arroz com água morna (de 2,5 a 5 cm) e deixar o arroz de molho por cerca de 30 minutos. Depois, basta escorrer, descartando a água utilizada.

- Ferva a água com sal

Em uma panela, coloque 2 partes de água com uma pitada de sal. São 2 partes de água para 1 parte de arroz, ou seja: se você pretende fazer 100g de arroz parboilizado, você deve ferver 200ml de água.

 

Você pode colocar o sal quando a água já estiver fervendo, já que o sal retarda o processo de fervura.

- Adicione o arroz parboilizado

Com a água fervendo, adicione a parte do arroz parboilizado e mexa para deixar o arroz bem distribuído. 

 

Tome cuidado nesta etapa, pois ao adicionar o arroz a água quente pode acabar espirrando. Se você executou a etapa anterior, é possível que o arroz esteja mais pesado do que o normal. 

- Cubra a panela e deixe ferver

Fecha a panela com a tampa (pode deixar uma frestinha para sair o valor e não vazar água), e deixe cozinhar por cerca de 15 minutos. Se você deixou o arroz de molho, ele poderá ficar pronto antes. Então, controle o ponto do arroz para garantir que cozinhe demais.

- Finalize

Com o arroz pronto, desligue o fogo e mantenha a panela fechada por alguns minutos. Mexa gentilmente o arroz e sirva. Você pode finalizar com cebolinha ou salsinha, se desejar.

Tire suas dúvidas sobre o arroz parboilizado

Neste artigo, abordamos sobre o arroz parboilizado, o processo de parboilização, os benefícios e as principais diferenças entre este tipo de arroz com os tipos polido e integral. 

 

Mas, claro, ainda podem existir dúvidas. Por isso, selecionamos alguns questionamentos principais. Esperamos que, ao respondê-lo, você já tenha confiança na hora de escolher o melhor tipo de arroz para você! 

- É verdade que o arroz parboilizado é mais nutritivo?

A resposta certa é depende. O arroz parboilizado é muito mais nutritivo do que o arroz branco polido, pois o processo de parboilização mantém as fibras e proteínas, enquanto o arroz branco vê seus nutrientes indo embora com sua casca.

 

No entanto, se comparado ao arroz integral, o arroz parboilizado não é a opção mais nutritiva. Isso porque, ainda que mantenha seus macronutrientes, não consegue segurar tanto quanto a versão integral - que é o grão de arroz na sua versão mais bruta.

 

Dessa forma, se você busca uma versão mais saudável do alimento, mas não gosta do aspecto do arroz integral (ele costuma ser mais duro do que os demais), o arroz parboilizado é uma boa escolha.

- Arroz parboilizado engorda?

O arroz parboilizado é uma boa opção para quem deseja emagrecer. A melhor opção, no entanto, ainda é o integral. 

 

A quantidade de fibras e o baixo índice glicêmico (diferente do arroz branco, que tem um alto índice) ajudam no funcionamento do intestino e na sensação de saciedade. Por isso, diferente do arroz branco, são alimentos adequados para uma alimentação saudável

- É preciso lavar o arroz parboilizado?

Não. O arroz parboilizado passa por um processo industrial de encharcamento e secagem, sendo embalado pronto para uso. O que você pode, porém, fazer, é deixá-lo de molho por alguns minutos antes de cozinhar. Ao deixar o arroz de molho o processo de cozimento é mais rápido. Quanto menos o arroz cozinhar, melhor será o seu sabor e menor será seu índice glicêmico. 

Conclusão

O arroz parboilizado, apesar de descascado e polido, preserva as fibras e proteínas, sendo uma opção mais saudável

 

O arroz parboilizado é um tipo de arroz que sofre um processo industrial, porém não tem adição de conservantes ou outros químicos. 

 

A parboilização é um processo que auxilia para que o arroz absorva os nutrientes presentes na casca - que são perdidos no caso do arroz branco polido. Por isso, o arroz parboilizado tem um sabor e uma textura muito parecida com o arroz branco, porém com mais fibras e proteínas, se aproximando do valor nutricional do arroz integral.

 

Para quem não gosta do aspecto do arroz integral, mas não abre mão de uma dieta saudável e nutritiva, o arroz parboilizado é uma boa opção.

 

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Fonte
Unimed site