Agora o invencionismo parte de duas frentes: 1) promover resultados fantásticos ou 2) finalidades místicas-terapêuticas-psicocinéticas para curar síndromes de não-sei-lá-o-que diagnosticas por não-sei-lá-quem (que nunca é um fisioterapeuta, por sinal). Ponto um: essas maluquices não permitem o músculo trabalhar em posição alongada. Por mais que haja possibilidade de resultados com trabalhos encurtados eles são, invariavelmente, menores que os trabalhos em grandes amplitudes..
Outro ponto é que a extensão de quadril só ocorre até pouco depois da perna ficar alinhada com seu corpo. A perna só vai para trás devido à hiperlordose. Isso pode ser percebido nitidamente na jovem de cinza. Veja a contração da musculatura lombar e perceba o quadril dela saindo do banco quando a perna sobe. Além de não ser um trabalho do glúteo, isso ainda aumenta a força de cisalhamento na coluna. .
Ah, mas é para tratar a síndrome pelvica cruzada? Primeiro, isso foi diagnosticado como e por quem? Segundo, essa síndrome (caso diagnosticada) envolve, entre outras coisas, hiperatividade de eretores da espinha e encurtamento dos flexores de quadril, acompanhada de fraqueza de abdômen e glúteo máximo. Uma ocorrência clássica dela é a hiperlordose, que é justamente acentuada nesse movimento. Eu consultei alguns dos melhroes fisioterapeutas do Brasil sobre essa sugestão "terapêutica" e todos acharam um absurdo. Depois, busquei ensaios clínicos que tenham usado esse exercício e advinha quantas evidências? Zero!
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As pessoas estão criando problemas e vendendo soluções malucas para os problemas imaginários! Se formos na onda desses charlatães, todo Mundo é torto e ninguém pode nem sentar no vaso sob risco de quebrar no meio!? Mesmo que essas síndromes do sapo louco com glúteo inibidamente cruzado pela insuficiência atrocinética do carai-de-asa fossem diagnósticas de verdade, ainda seria necessário validar a terapia em ensaios clínicos randomizados. Será que só eu acho estranho as pessoas diagnosticarem problemas e proporem curas sem citar NENHUMA referência bibliográfica??
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Por:Paulo Gentil
