segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O sobrepeso e obesidade não devem ser visto apenas como fator estético, mas sim, como um grande risco para doenças cardiovasculares e metabólicas.

A obesidade, especialmente a visceral, é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento de doenças, pois, o tecido adiposo não é um simples depósito de gordura, mas sim, um órgão altamente ativo que secreta moléculas bioativas chamadas adipocitocinas.
No sobrepeso, principalmente na obesidade, há um aumento de adipocitocinas (TNF-a, Resistina, PAI-1, Angiotensina II, Interleucina-6), dislipidemia (aumento do LDH colesterol, redução do HDL, aumento dos triglicerídeos totais), o que leva a aterosclerose, destruição da estrutura e alteração da composição vascular, inibição da síntese de óxido nítrico, hipertensão arterial, diabetes.
Sendo assim, é necessário que o treinamento promova importantes alterações clínicas, como redução do LDL, aumento do HDL, diminuição dos triglicerídeos, redução na gordura corporal e aumento do VO2 máx.
Racil et al. (2013) compararam em obesos após 12 semanas de treinamento intervalado de alta intensidade (100% a 110% da velocidade associada com VO2 máx) e intervalado de modera intensidade (70% a 80% da velocidade associada com VO2 máx) a composição corporal, níveis plasmáticos de adiponectina, lipídios, VO2 máx e resistência à insulina.
Os resultados demonstram redução significativa no percentual de gordura, circunferência de cintura, colesterol total, LDL-colesterol, insulina de jejum e resistência à insulina após o treinamento intervalado de alta intensidade comparado ao intervalado de modera intensidade.
Além disso, os pesquisadores demonstraram aumento significativo no VO2 máx e no HDL-colesterol no intervalado de alta intensidade comparado ao intervalado de moderada intensidade.
Uma das adipocitocinas que o tecido adiposo libera e que tem efeito protetor ao organismo melhorando a ação da insulina e apresentando ação anti-inflamatória é a Adiponectina, contudo, está reduzida em indivíduos obesos.
Os pesquisadores verificaram no estudo que ambos os treinamentos aumentaram significativamente os valores plasmáticos de Adiponectina.
Nossa profissão trás possibilidade de transformar e trazer vida com mais qualidade as pessoas, por isso, precisamos estar em contínuo aprendizado.
Referência:
Racil G et al. Effects of high vs. moderate exercise intensity during interval training on lipids and adiponectin levels in obeseyoung females. Eur J Appl Physiol. 2013 Oct;113(10):2531-40.

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